A Câmara de Cascais aprovou hoje a abertura de concursos públicos para a construção de uma escola secundária, de uma aerogare e de um quartel de bombeiros no Aeródromo de Tires, num investimento global de 30 milhões de euros.
A abertura do procedimento concursal para estas empreitadas foi aprovada esta tarde na reunião do executivo municipal de Cascais (distrito de Lisboa), presidido por Carlos Carreiras (PSD).
Um dos concursos, aprovado por unanimidade, diz respeito à construção da nova Escola Secundária de Cascais, orçada em cerca de 26 milhões de euros, e que deverá estar concluída em 2025, segundo disse à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal, Carlos Carreiras.
"A atual Escola Secundária de Cascais está provisória há 50 anos e nunca teve nenhuma intervenção de fundo. Portanto, tem-se vindo a deteriorar e está em condições muito periclitantes. Ou seja, há muito tempo que era preciso uma nova escola construída", apontou.
A autarquia estima que as obras possam ter início no final do primeiro trimestre de 2023, tendo um prazo de execução de dois anos.
Numa segunda fase, com cerca de ano e meio de duração, será demolida a escola existente, construído um pavilhão desportivo e feitos arranjos exteriores.
O autarca social-democrata referiu que a construção deste equipamento não está inscrita na lista do Governo para apoio financeiro no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas diz acreditar que se trata de um "lapso" da tutela.
"É um passo muito decisivo para ter uma nova escola secundária, independentemente de o Governo na listagem, certamente por lapso, não ter colocado a escola secundária como uma a ser apoiada pelo PRR, mas ainda assim nós estamos a avançar, porque certamente o Governo irá corrigir esse lapso", apontou.
O executivo de Cascais aprovou também, por maioria, a abertura do concurso público internacional para a construção da aerogare no aeródromo de Tires, com um preço base de quatro milhões de euros.
Segundo explicou Carlos Carreiras, a reformulação das atuais infraestruturas vai permitir "receber um maior número de ligações aéreas e todo o tráfego aéreo executivo", constituindo um apoio ao Aeroporto de Lisboa.
"Nós aumentamos a capacidade do aeroporto de Cascais para voos de aviação executiva e com isso beneficiar a Portela (Aeroporto de Lisboa), como sabemos está muito congestionada. Dizem-me os técnicos que poderá provocar um acréscimo de 5 a 7% nos voos comerciais da Portela, tirando de lá a aviação executiva", apontou o autarca social-democrata.
Foi ainda aprovada, por maioria, a abertura do procedimento para a construção do quartel dos bombeiros no aeródromo de Tires, com um preço base de 1,7 milhões de euros.
"O novo quartel dos bombeiros terá uma localização mais segura, com melhores condições de operação, cumprindo as regulamentações aeronáuticas exigidas na resposta a situações de emergência", justificou o autarca de Cascais, no distrito de Lisboa.