Portugal condena o disparo de um míssil balístico a partir do Iémen contra o território da Arábia Saudita, que ocorreu na passada terça-feira.
"O Governo português lamenta esta e quaisquer outras medidas que possam pôr em causa a manutenção da paz, segurança e estabilidade internacionais no Médio Oriente", refere o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
Também apela "à contenção de todos os actores" e espera que "este episódio não conduza a uma escalada de tensões na região".
A Arábia Saudita interceptou na terça-feira sobre a capital, Riade, um míssil que os rebeldes iemenitas Huthis disseram ter disparado contra o palácio Yamama, a residência oficial do rei Salman.
Um correspondente da agência France-Presse em Riade deu conta de uma forte explosão ouvida às 10h50 TMG (mesma hora em Lisboa), pouco antes do previsto anúncio do orçamento saudita para 2018, habitualmente feito pelo rei no seu palácio.
"Um míssil balístico foi interceptado sobre Riade", indicou num comunicado a coligação militar árabe conduzida pela Arábia Saudita que combate os Huthis no vizinho Iémen.
Tratou-se do segundo míssil disparado pelos rebeldes iemenitas sobre Riade em dois meses.
Após o primeiro disparo -- igualmente interceptado -- que visou a 4 de Novembro o aeroporto internacional de Riade, a coligação reforçou o bloqueio que impunha ao Iémen, à beira da fome.
Riade e o aliado norte-americano acusaram o Irão de fornecer o armamento aos rebeldes.
Os Estados Unidos já apresentaram o que consideraram ser "provas irrefutáveis" de vendas de mísseis pelo Irão, uma "violação flagrante" das suas obrigações internacionais.
Teerão desmentiu imediatamente.