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A maioria dos doentes com Covid-19 em unidade de cuidados intensivos (UCI) tem mais de 50 anos de idade, mas os jovens não estão imunes a ter doença grave, alerta a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

“O número de doentes com Covid-19 em cuidados intensivos verifica-se, sobretudo, nas faixas entre os 50 anos e a igual ou maior a 80”, avançou Graça Freitas em resposta a uma questão da Renascença durante a conferência de imprensa diária de balanço da pandemia de Covid-19.

A diretora-geral da Saúde refere que o número de doentes em cuidados intensivos nos hospitais portugueses é “muito menor” abaixo dos 50 anos de idade.

“Nesta última fase tínhamos 102 doentes dos 40 aos 49 anos, que depois foram subindo para 223 no grupo etário a seguir (50-59) e 345”, refere Graça Freitas.

Apesar dos doentes Covid-19 em UCI serem “sobretudo pessoas acima dos 50 anos”, a diretora-geral adverte que também há pessoas mais novas e “os jovens não estão imunes a ter doença grave”.

De acordo com os dados desta segunda-feira, nos hospitais portugueses estão internadas 2.255 pessoas com o novo coronavírus, mais 133 em relação ao dia anterior. Em cuidados intensivos há 294 doentes - o maior número desde o início da pandemia -, são mais dez em 24 horas.

Portugal regista esta segunda-feira um recorde diário de 46 mortes por Covid-19, indica a Direção-Geral da Saúde (DGS). O número total de vítimas mortais é agora de 2.590.

Há mais 2.506 casos confirmados da doença, avança o boletim epidemiológico desta segunda-feira, num total de quase 147 mil desde o início de março. Trata-se de uma descida do número de infeções diárias, que pode ser explicado pela subnotificação e redução do número de testes realizados aos domingos.