O projeto de reabilitação e restauro de pintura da Igreja de Santa Isabel, em Lisboa, foi distinguido com o Prémio Maria Tereza e Vasco Vilalva, anunciou a Gulbenkian.
O júri destacou “a espetacularidade e requinte estético do projeto de pintura” de Michael Biberstein, que cobre a totalidade da abóbada da Igreja.
“Trata-se de uma das mais notáveis intervenções da arte contemporânea numa arquitetura clássica, concretizada depois da morte do pintor”, com o acompanhamento do artista Julião Sarmento e do curador Delfim Sardo, refere uma nota da fundação, divulgada pela Lusa.
A 12.ª edição deste prémio recebeu 26 candidaturas.
O júri foi presidido por António Lamas, que dirigiu o antigo Instituto Português do Património Cultural, e composto pelos historiadores de arte Raquel Henriques da Silva e Santiago Macias; pelo arquiteto Gonçalo Byrne; e pelos professores e investigadores Luís Paulo Ribeiro e Rui Vieira Nery.
A “pluridisciplinaridade e elevadíssimo nível de qualificação” da equipa coordenada pelo padre José Manuel Pereira de Almeida e pelo arquiteto João Appleton, “potenciando saberes da engenharia, da conservação e restauro, da história da arte, do design de equipamentos e da arte contemporânea”, foi igualmente destacada pelo júri.
A inauguração oficial do projeto intitulado ‘Um Céu para Santa Isabel” aconteceu em julho de 2016.
O restauro compreende o teto e a conservação e restauro da parte superior das paredes que incluem as janelas; a maquete de ‘Um Céu para Santa Isabel’ foi apresentada pela primeira vez na Appleton Square, no âmbito da Trienal de Arquitetura de 2010.
O Prémio Vilalva – destinado a distinguir os melhores projetos de recuperação de património cultural em posse de entidades privadas, em território nacional – foi instituído em 2007.