Depois da Liga dos Bombeiros ter criticado a Proteção Civil por ainda não saber o “papel a desempenhar” durante a Jornada Mundial da Juventude, que decorre em Lisboa de 1 a 6 de agosto, a autoridade de emergência diz que a operação foi planeada em “permanente e estreita articulação operacional” com os corpos de bombeiros.
Em comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indica que, para além de elementos dos bombeiros, o dispositivo especial planeado vai integrar elementos da estrutura operacional da autoridade, dos Serviços Municipais de Proteção Civil, de serviços das autarquias e de outras entidades.
A Proteção Civil acrescenta que a “Operação JMJ2023”, que decorrerá de 2 a 6 de agosto, terá como missão aumentar a capacidade e rapidez de intervenção dos dispositivos do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) e do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM).
Além disto, a operação passa por “assegurar toda a coordenação e pré-posicionamento de meios e recursos de proteção e socorro tendo em conta o impacto do grande afluxo de cidadãos aos locais de celebração”.
Em meados de junho, a Liga dos Bombeiros indicou a sua preocupação com a falta de diálogo com a Proteção Civil em antevisão à Jornada Mundial da Juventude.
Na altura, a LBP exigiu um “plano de subvenção para com as associações humanitárias de bombeiros voluntários e para com os bombeiros especificamente para o evento".
A Liga dos Bombeiro repudiou ainda que a "ANEPC não tenha dialogado com a LBP sobre as condições administrativas, critérios de seleção e enquadramento operacional dos bombeiros que integram a força conjunta no combate aos incêndios no Canadá" e lamentou que "até ao momento não tenha sido possível ajustar os valores das indemnizações ou despesas dos seguros de acidentes pessoais dos bombeiros voluntários, em particular no que diz respeito a tratamento de queimados".