Os membros do Parlamento Europeu defendem uma abordagem "ambiciosa" e a criação de um "mecanismo de compensação" por perdas e danos resultantes das alterações climáticas.
Uma delegação de eurodeputados chegou esta segunda-feira a Sharm el-Sheikh, no Egipto, para se encontrar com os principais negociadores na Cimeira do Clima das Nações Unidas que decorre até 18 de novembro.
Na sua posição sobre a Cimeira, aprovada em outubro, os eurodeputados instam os países - sobretudo do G20 e da União Europeia - a reforçarem os seus objetivos climáticos para 2030, a fim de limitar o aquecimento global em conformidade com o Acordo de Paris.
O Parlamento Europeu defende também que seja respeitado o compromisso anual de financiamento da ação climática no valor de 100 mil milhões de dólares e que os fundos comecem a ser desembolsados já em 2022. Os parlamentares consideram que os países desenvolvidos devem assegurar esse objetivo de financiamento da luta contra as alterações climáticas.
"A COP27 deve garantir que este ano não se torne um ano perdido. As discussões em torno de perdas e danos estão no centro desta COP africana, elas serão a chave para as negociações. O Parlamento Europeu quer que um mecanismo de compensação por perdas e danos seja implementado durante esta COP", afirma em comunicado de imprensa o eurodeputado ecologista holandês e também presidente da delegação parlamentar, Bas Eickhout.
"A UE deve continuar a trabalhar na ambição e no financiamento climático", reforça por seu turno o eurodeputado democrata cristão alemão e vice-presidente da delegação, Peter Liese.
O Parlamento Europeu é colegislador na UE sobre a implementação do Acordo de Paris sobre o clima e tem de dar o seu consentimento prévio à adesão da UE a acordos internacionais.