O antigo primeiro-ministro José Sócrates considera que o processo em que é arguido "acabou em Outubro do ano passado", altura em que terminava o processo para haver acusação. Como esse prazo não foi respeitado - segundo Sócrates - não pode continuar.
Em entrevista à TVI, o ex-líder socialista lembra que "não há prazo nenhum e isto não pode acontecer".
José Sócrates relembra que "ao fim de dois anos não apresentaram a acusação".
O antigo governante também não esqueceu o juiz Carlos Alexandre. Segundo Sócrates, o juiz fez "uma insinuação maldosa a meu respeito, uma insinuação falsa".
Nesta entrevista à TVI, Sócrates considerou que “António Costa é um líder em formação” e deixa um conselho ao Presidente Marcelo: "O excesso enfraquece".
Já sobre o primeiro ano do Executivo, Sócrates considera que o Governo teve “um grande êxito político este ano” e lembra a “devolução de rendimentos” e o estímulo da “procura interna”. O antigo primeiro-ministro deixa a pergunta: “O que seria de nós se não tivéssemos estimulado o crescimento e procura interna?”. “Se tivéssemos seguido a linha austeritária teria sido muito pior”, garante.
“O que se retira deste Orçamento do Estado é o êxito deste Governo que ninguém previa” e, assim, chegasse ao Orçamento do Estado para 2017 “com indicadores bons em relação ao ano anterior”.
Em relação à oposição, José Sócrates considera que “a direita continua a fazer o mesmo discurso de 2011”. “Em 2011 fez tudo para derrubar o Governo e para vir a troika, em 2011 foi chumbado na Assembleia da República um acordo para impedir a ajuda externa”.
Sócrates escreveu um livro sobre o carisma e a liderança, “O dom profano”. É – diz o autor – uma reflexão sobre o projecto europeu.
[Actualizado às 22h50]