O antigo Presidente do Paquistão Pervez Musharraf (2001-2008) morreu no Dubai, aos 79 anos, na sequência de doença prolongada, anunciou este domingo o exército.
Responsáveis militares "expressam sinceras condolências pela morte do general Pervez Musharraf", de acordo com um breve comunicado do gabinete de imprensa do exército.
"Que Alá abençoe a alma do defunto e dê força à família enlutada", acrescentou.
Musharraf, um dos aliados dos Estados Unidos na sua "guerra contra o terrorismo" após os ataques de 11 de setembro, chegou ao poder na sequência de um golpe de Estado em 1999.
Assumiu a presidência em 2001, no mesmo ano dos atentados em Nova Iorque, permanecendo à frente do Paquistão até 2008.
Musharraf sobreviveu a pelo menos três tentativas de assassínio da Al-Qaida. Durante os nove anos em que esteve no poder, o Paquistão viu a economia descolar, a classe média a crescer, os meios de comunicação a serem liberalizados e o exército a jogar a sua cartada de apaziguamento com a Índia.
Porém, os seus opositores denunciaram repetidamente a forma como dominava o poder, apontando a demissão "ilegal" de juízes do Supremo Tribunal, a imposição do estado de emergência ou o sangrento ataque, no verão de 2007, a islamitas fortemente armados que se abrigaram na Mesquita Vermelha em Islamabad.
Ex-comando de elite, Pervez Musharraf, que nasceu em Deli, a 11 de agosto de 1943, quatro anos antes da separação do Paquistão, assumia o comando do Estado-maior do exército quando derrubou o Governo civil de Nawas Sharif, em outubro de 1999, num golpe em que não houve derramamento de sangue.
Declarou-se Presidente em junho de 2001, antes de vencer um controverso referendo em abril de 2002, tendo sido último líder militar do Paquistão.