Os russos atingiram esta sexta-feira com disparos de artilharia um hospital situado em Kherson, a poucos quilómetros da linha da frente, informaram os Médicos Sem Fronteiras num comunicado. É a segunda vez, em 72 horas, que a infraestrutura é atingida.
O primeiro ataque ocorreu na terça-feira e dele resultou a morte de um médico e o ferimento de outros cinco elementos da equipa médica. Agora, passados apenas alguns dias, a instalação voltou a estar debaixo de fogo.
No momento do último bombardeamento, encontravam-se nas instalações cerca de 150 pessoas, entre doentes e pessoal médico, que procuraram refúgio num bunker, construído pelo Ministério da Saúde.
Desta vez, ao contrário do ataque sofrido dias antes, não houve feridos a lamentar, mas um dos disparos atingiu “a morgue, causando dano na estrutura de cimento do edifício e na canalização do gás”.
O hospital, sublinha a MSF, está situado numa zona residencial, existindo uma escola e apartamentos residenciais nas proximidades.
A MSF, diz o comunicado, “tem apelado repetidamente à proteção de hospitais e infraestruturas civis na Ucrânia”, acusando a Federação Russa de um comportamento “repugnante”.
A organização humanitária pede o fim do bombardeamento dos hospitais: “Este último ataque contra um hospital é consistente com um padrão que a MSF tem observado nesta guerra - o bombardeamento contínuo das forças russas contra infraestruturas civis, residências e estruturas médicas.”