A cidade de Lisboa tem, desde esta quinta-feira, uma estátua do padre António Vieira com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
O provedor Pedro Santana Lopes considera que se faz justiça a “um símbolo grande da cultura portuguesa”. “Havia esta injustiça, ele nunca tinha tido uma estátua – que se saiba – em Portugal. E saiu um trabalho bonito”.
Um trabalho em bronze, da autoria do escultor Marco Fidalgo. “Não sou um homem de discurso, sou um homem das matérias poéticas e isto nasce de um processo evolutivo. É em bronze, mas nasce do barro. Demorou sete meses a executar”.
A estátua está colocada entre o edifício da Santa Casa da Misericórdia e a Igreja de São Roque.
Na cerimónia de inauguração, o Cardeal Patriarca de Lisboa D. Manuel Clemente recordou o papel do padre António Vieira na reconstrução do país.
“O padre António Vieira não se ficava apenas pela restauração política, ele queria uma restauração do país também em termos evangélicos, cristãos, universalistas. E no que fez, no que disse, no que pregou ele é para todos nós um símbolo do que é assumir um país com um projecto colectivo e deixou-nos um legado imenso”, referiu.
Também o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, sublinhou a justiça de ter agora uma estátua do padre António Vieira na cidade. O autarca, que está prestes a anunciar a candidatura para as próximas eleições, quer deixar obra para os eleitores julgarem.