O exército norte-americano atacou esta quinta-feira à noite duas milícias iranianas na Síria, em retaliação a ataques com rockets contra posições estratégicas norte-americanas no Iraque, informou o Pentágono.
"Sob a direção do presidente Biden, forças militares americanas concretizaram no início aa noite ataques aéreos contra a infraestrutura utilizada por grupos de milícias apoiados pelo Irão no leste da Síria", referiu John Kirby, porta-voz do Pentágono.
O responsável acrescentou que a ofensiva "foi autorizada em resposta a ataques recentes contra funcionários dos Estados Unidos e da Coligação no Iraque, e ameaças contínuas contra estes funcionários".
O incidente ocorreu, precisamente, numa altura em que Washington e Teerão procuram retomar o diálogo em torno do acordo nuclear de 2015, que Donald Trump decidiu abandonar.
No início desta semana, o Hezbollah, um dos principais grupos da milícia próxima do regime iraniano negou qualquer participação nos ataques de 15 de fevereiro contra alvos dos EUA em território iraquiano.
Esta é a primeira ação militar dos EUA sob a administração de Joe Biden.
De acordo com fontes militares citadas pela agência Reuters, o ataque foi aprovado pelo presidente norte-americano, que deverá falar ao país esta sexta-feira.
Desconhece-se, para já, qual a extensão dos danos provocados e se há registo de vítimas na sequência deste raide aéreo.
Desde o final de 2019, os EUA realizaram ataques de larga escala contra o grupo da milícia xiita, tanto no Iraque como na Síria, em resposta a ataques contra as norte-americanas.
Durante a administração Trump, a tensão com o regime iraniano atingiu o seu ponto culminante em janeiro de 2020, com a morte do líder militar Qassem Soleimani num ataque norte-americano com recurso a drones nas imediações do Aeroporto Internacional de Bagdad.