O Ministério da Saúde garante que “tem acompanhado com preocupação” os últimos casos de agressões a médicos nos hospitais portugueses e que “está a estudar novas medidas” para garantir a segurança dos médicos.
Fonte do ministério da Saúde revelou à Renascença que os últimos casos têm causado preocupação junto do ministério e que, por isso, estão a ser estudadas novas medidas para evitar que volte a acontecer. A mesma fonte não revela, no entanto, que medidas poderão ser estas.
A reação ministerial acontece no dia em que se ficou a saber de mais um caso de agressão no Serviço Nacional de Saúde.
Um médico de clínica geral foi agredido por um doente, durante uma consulta no Centro de Saúde de Moscavide, no concelho de Loures, às portas de Lisboa.
Segundo conta o “Jornal e Notícias”, o médico recusou baixa e foi agredido a soco e a pontapé durante dez minutos.
Tudo terá acontecido pelas 15h00 de terça-feira, quando o clínico atendia um utente de 20 anos. “Pretendia que lhe desse uma vacina para a gripe (porque um primo tinha feito a vacina), e lhe passasse uma renovação da baixa, retroativa a 26/12/2019”, contou no Facebook.
Ao consultar o processo clínico viu que o jovem havia estado dias antes noutra unidade de saúde, sem que tivesse “aviado os medicamentos prescritos”. Aliás, o doente “não tinha aviado nenhuma receita das que lhe foram passadas em todo o ano de 2018 e 2019”.
De acordo com esta descrição, como não acedeu ao pedido começou por agredi-lo com o teclado do computador e com o telefone. Depois, com a ajuda da namorada, que o tentava imobilizar, agrediu-o com vários socos e pontapés.
Entre 2013 e junho de 2019 foram registadas 4.893 notificações de violência contra profissionais de saúde.