A canção “Ai Coração” de Mimicat é a segunda a fazer-se ouvir na final do Festival Eurovisão da Canção que decorre, este sábado, em Liverpool.
Certamente serão milhares de portugueses a torcer e até a votar (fora de portas) na canção lusa. Mas chegarão para alcançarmos um bom lugar? E a posição da subida ao palco terá alguma influência no resultado?
De acordo com dados recolhidos pela CNN, o histórico da Eurovisão, mostra que os primeiros lugares são mesmo os piores e que atuar nessas posições pode deitar por terra a pretensão de um bom resultado. Isto porque, ao fim de 26 canções, já ninguém se lembra das primeiras...
O mesmo parece acontecer com as canções que desfilam logo a seguir aos intervalos, porque as pessoas, geralmente, aproveitam esses tempos para ir fazer outras coisas (e podem não chegar a tempo de ouvir as primeiras canções).
Se tivermos em conta as grandes finais desde 2010, chegamos a outra conclusão curiosa: atuar em último lugar proporcionou bons resultados, o que não significa, contudo, um primeiro lugar garantido.
Não é de estranhar, por isso, que os países que todos os anos ganham o direito de escolher a posição específica em que vão atuar acabem por optar pelos últimos lugares. A razão é óbvia e, na era dos vídeos rápidos de TikTok, pode fazer cada vez mais a diferença: manter a atuação "fresca" na memória de quem a vê e ouve em casa.
Mas nem tudo são más notícias para Mimicat. Há um outro dado a ter em conta e a alimentar a esperança portuguesa: o festival realiza-se a 13 de maio e foi precisamente nesse dia, em 2017, que Portugal foi feliz com Salvador Sobral, que atuou em 11.º lugar e conquistou a primeira vitória lusa na Eurovisão.
Para já, as canções destacadas nas casas de apostas para vencer este ano a Eurovisão, em Liverpool, são a Suécia e a Finlândia, que atuam em 9.º e 13.º, respetivamente. Portugal caiu para os últimos lugares e surge em 24.º lugar, à frente da Lituânia, em 25.º, e da Albânia, em 26.º lugar.