O Senegal confirma que o seu exército iniciou uma ofensiva militar na Gâmbia, entretanto travada para dar "uma última hipótese à mediação".
A operação “Restaurar a democracia” começou horas depois de Adama Barrow ter tomado posse e jurado a presidência na embaixada do país no Senegal.
Yahya Jammeh, que está no poder há cerca de 20 anos, recusa abandonar o poder na Gâmbia mesmo depois de ter perdido as eleições. Tem agora até ao meio dia de sexta-feira para deixar o poder.
O Coronel Abdou Ndiaye, do Senegal, não deu pormenores sobre a operação, mas confirma, em comunicado, que estão envolvidos meios terrestres, marítimos e aéreos. No terreno estarão sete mil homens.
Em Casamansa, no sul do Senegal, ouviram-se disparos durante a tarde de hoje, provenientes de várias aldeias próximas da fronteira com a Gâmbia, segundo um correspondente da AFP.
Os confrontos opuseram também soldados senegaleses e supostos rebeldes do Movimento das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC) noutras aldeias nas proximidades, disseram testemunhas à AFP.
O MFDC luta desde 1982 pela independência de Casamansa, que é considerada favorável ao regime do Presidente Jammeh.