O ministro do Ambiente escreveu uma carta a Greta Thunberg, ativista sueca que se encontra a caminho de Portugal via marítima, para depois seguir para Madrid e participar na cimeira do Clima.
Em inglês, João Pedro Matos Fernandes começa por afirmar que Portugal é “o primeiro país a comprometer-se com a meta da neutralidade carbónica até 2050, mas com grandes ambições já para a década de 2020 a 2030”.
Passando a apresentar, em termos gerais, o plano de redução energética do país – adiantando que pretende, até 2030, alcançar 50% de redução do total de emissões de gases com efeito de estufa – o ministro sublinha que não existe em Portugal “qualquer central nuclear”.
Face à sua proximidade com o mar, “Portugal é um dos países europeus que mais sofre com os efeitos das alterações climáticas”, tendo já “perdido 13 km quadrados de costa”.
“No Sul, a seca é crónica e teremos de aprender a adaptar os nossos recursos”, afirma ainda.
Matos Fernandes termina a carta a reafirmar que o país tem “uma estratégia muito ambiciosa, que segue com rigor que [as alterações climáticas] sejam um problema atual e não de futuro”.
“Obrigado pelo seu ativismo, como meio de sensibilizar todos, velhos e novos, para o maior desafio dos nossos tempos”, termina.
Greta Thunberg chega a Lisboa na terça-feira de manhã. O anúncio foi feito pela ativista no Twitter.
No porto de Alcântara, será recebida pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e deverá falar aos jornalistas.
Poucas horas depois, a jovem sueca partirá de comboio para Madrid, onde começa, no dia 2, a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP25), que decorre até dia 13.