O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, vai estar esta quarta-feira na Ucrânia com o intuito de demonstrar o apoio dos Estados Unidos da América (EUA) a Kiev.
De acordo com um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Blinken, que irá reunir-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na capital ucraniana, deverá "reforçar o compromisso dos EUA com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".
Perante os receios de uma potencial ofensiva russa, Antony Blinken também se deslocará a Berlim, na quinta-feira, para conversas com o Reino Unido, França e Alemanha sobre a situação ucraniana.
As quatro potências transatlânticas discutirão "esforços conjuntos para impedir novas agressões russas à Ucrânia, incluindo a prontidão dos aliados e parceiros para impor consequências massivas e custos económicos significativos à Rússia", referiu a mesma fonte.
Na véspera da visita a Kiev, Blinken defendeu uma "via diplomática" para encerrar a crise entre a Rússia e a Ucrânia, durante um telefonema com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.
Também na terça-feira, foi confirmado para sexta-feira um novo encontro dos chefes da diplomacia de Washington e Moscovo.
Estas discussões surgem num contexto de fortes tensões em torno da Ucrânia, com Kiev e os seus aliados ocidentais e acusarem a Rússia de uma concentração massiva de tropas junto à fronteira comum na perspetiva de uma eventual invasão.
A Rússia tem desmentido qualquer intenção bélica, mas formulou diversas exigências, que se destinam a garantir a sua própria "segurança".
Moscovo diz que aguarda por respostas dos países ocidentais às suas exigências, insistinto em que a NATO não aceite a inclusão da Ucrânia na Aliança Atlântica e que não fortaleça a posição das suas forças militares junto às fronteiras russas.