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Cerca de 18% das infecções por Covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) têm origem desconhecida, um valor que corresponde à média nacional. Já nas regiões Centro e Norte, a percentagem ascende aos 26% e 27%, respetivamente.
Os dados foram avançados pelo deputado do PSD Ricardo Baptista Leite, à saída da décima reunião no Infarmed. "Quando vemos o número de pessoas com infecção sem qualquer ligação epidemiológica, ou seja, fora dos surtos- que não sabemos como é que se infectaram, no fundo infecções não controladas - na região de Lisboa são 18%, que é a média nacional, na região Centro e Norte essa percentagem sobe para os 26% e 27%, respetivamente", adiantou o parlamentar.
De acordo com os indicadores divulgados pelos epidemiologistas aos decisores políticos presentes no auditório do Infarmed, há, neste momento ,48 surtos de Covid-19 fora da região LVT, "quando há duas semanas eram apenas 12 e, portanto, mais de metade continham a ser naturalmente na região de Lisboa".
Para Ricardo Baptista Leite, apesar da "aparente estabilização" registada nos últimos dias, relativamente ao número de novos casos, o cenário que se vive em LVT não deixa de ser preocupante. "Onde não verificamos essa inversão é de facto no concelho de Sintra, onde continua a haver uma estabilização, em vez de uma descida e no concelho de Lisboa, onde continuam a aumentar o número de casos, apesar da tendência aparente de decréscimo depois de declarado o estado de calamidade na Amadora, Loures e Odivelas", explicou.
"Se falharmos na resposta de Lisboa, estamos a falhar ao país", afirmou o social-democrata.
Baptista Leite alerta, ainda, para o aumento da mortalidade na região de Lisboa que "transparece depois num aumento de mortalidade a nível nacional".