A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, disse este domingo em Pedrógão Grande que o trabalho político de proximidade perante as vítimas da tragédia “nunca está feito” e é preciso continuá-lo.
“A verdade é que este trabalho de proximidade nunca está feito, é preciso continuar sempre a fazer e sempre a lembrar”, disse Assunção Cristas aos jornalistas, à margem da cerimónia de homenagem às vítimas do incêndio de junho de 2017, na igreja matriz de Pedrógão Grande (distrito de Leiria).
À chegada à igreja, a líder centrista conversou com algumas pessoas, uma das quais disse que a população está “esquecida”.
Assunção Cristas referiu aos jornalistas que a resposta a quem se sente esquecido e abandonado é estar presente naquele município do interior do distrito de Leiria e na região circundante afetada pelo incêndio.
“Vindo cá e estando cá muitas vezes, que foi o que eu fiz durante este ano, cumprindo e superando o meu compromisso de vir cá a cada dois meses. Num ano estive nove vezes em Pedrógão e na região, fazendo visitas sempre diferentes, mantendo o compromisso de vir sempre cá, por um lado, e levar sempre questões para Lisboa, para propor ao parlamento, perguntar ao Governo, para pressionar”, argumentou.
A dirigente sublinhou, entre outros temas, que os feridos graves foram indemnizados “muito por pressão do CDS”, na sequência de uma das visitas à zona, em que se encontrou com vítimas que ficaram gravemente feridas.
Sobre o dia de hoje, em que acontecem diversas homenagens às vítimas, Assunção Cristas disse que é um dia para rezar e apoiar as famílias: “E dar o apoio, que eu sei que é pouco, mas é o apoio que podemos dar com a nossa presença”.
Na cerimónia na igreja matriz de Pedrógão Grande participam, igualmente, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, entre outros responsáveis políticos.
Em 17 de junho de 2017, as chamas que deflagraram no município de Pedrógão Grande, no interior do distrito de Leiria, e que alastraram a concelhos vizinhos, fizeram 66 mortos e 253 feridos, atingiram cerca de meio milhar de casas e quase 50 empresas, e devastaram 53 mil hectares de território, 20 mil hectares dos quais de floresta.