O mês de dezembro de 2018 foi quente, com a temperatura máxima a alcançar o terceiro valor mais alto em 87 anos, indicou este sábado o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O IPMA avança também que no final de dezembro verificou-se "o surgimento da classe de seca meteorológica fraca" a sul do Tejo devido aos valores baixos de precipitação registados no último mês.
Desta forma, o IPMA indica que a distribuição percentual do índice de seca no território é de 53,3% na classe de seca fraca, 13,7% na classe normal e 33% na classe de chuva fraca.
"O mês de dezembro de 2018 em Portugal Continental classificou-se como quente em relação à temperatura do ar e muito seco em relação à precipitação", refere o IPMA no resumo climatológico do mês passado.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o valor médio da temperatura do ar foi de 10.58 graus centígrados (°C), significando que foi superior ao normal e o terceiro mais alto desde 2000.
O IPMA precisa que valores da temperatura média superiores aos agora registados ocorreram em cerca de 20% dos anos desde 1931.
Este organismo dá também conta de que o valor médio da temperatura máxima do ar, 15.21 °C, foi superior ao normal e o terceiro mais alto desde 1931, tendo apenas registado números superiores em 2015 e 2016.
Já a temperatura mínima do ar, 5.96 °C, foi próxima do valor normal.
O IPMA realça que a temperatura máxima registou entre 01 a 12 de dezembro valores "muito superiores ao normal", destacando os dias 09 e 10, com uma temperatura média máxima do ar em Portugal de 18.7 °C (4.8 °C acima do normal).
A chuva que caiu em dezembro correspondeu a cerca de 37% do valor normal e os valores da quantidade de precipitação inferiores aos agora registados ocorreram em cerca de 20% dos anos desde 1931.
O IPMA indica ainda que nos últimos oito anos o valor de precipitação mensal em dezembro foi sempre inferior ao normal.