Mostrar "a forma como o Governo português trata" estes profissionais. Cerca de 30 profissionais de PSP aproveitaram a Cimeira Social europeia, que decorre no Porto, para exigir a atribuição do subsídio de risco e a atualização de salários.
O protesto, próximo do local onde vai decorrer a cimeira, "é por causa do subsídio de risco e da revisão da tabela salarial, desatualizada há muitos anos", disse à Lusa, Pedro Carmo, da Organização Sindical dos Polícias, que integra a Aliança dos Sindicato da PSP, que organizou a manifestação.
"Tivemos uma perda de cerca de 30% face ao ordenado mínimo nacional e exigimos que o subsídio de risco que venha a ser atribuído seja idêntico ao já atribuído a outras forças de segurança, nomeadamente à Polícia Judiciária e outros órgãos do Ministério da Justiça", sublinhou.
Segundo o dirigente sindical, "o subsídio de risco terá de ser o mais adequado possível às forças de segurança, idêntico ao da PJ (polícia judiciária), por isso é que se pede 25% do primeiro índice de comissário, mais ou menos equivalente ao valor que, por exemplo, a PJ tem".
Mas, sublinha Pedro do Carmo, "pela forma como se está a apresentar as propostas, não nos parece que o Governo queira dar algo parecido com isso. Está mais preocupado em querer distinguir quem é o operacional ou quem é o administrativo e os níveis de risco e perigosidade nos diversos patamares da profissão, do que propriamente dizer que tem 'x' valor para atribuir aos polícias mensalmente".
Referiu que após reunião com os sindicatos da PSP e associações da GNR, o Ministério da Administração Interna colocou em cima da mesa um projeto sobre o modo como tenciona proceder à alteração dos suplementos e subsídios e contemplação dum suplemento de risco.
Enquanto aliança "representamos cerca de 1.500 polícias e apresentámos a nossa proposta ao ministério, embora não tenhamos sido chamados para negociações", adiantou Pedro Carmo.
"É necessário cada vez mais mostrar internacionalmente a forma como o Governo português trata os polícias. Estamos integrados numa União Europeia e é completamente desconsiderante a forma como o governo português nos trata, não ouve os alertas, não ouve as reivindicações, não negoceia, apenas impõe, faz o que bem lhe apetece", frisou.