Depois do PSD, também a Iniciativa Liberal e o Chega querem mais esclarecimentos sobre a compra de 0,25% das ações dos CTT por parte da Parpública, por despacho das Finanças e sem UTAM.
O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, considera que o sector empresarial do Estado não pode ser utilizado para fazer política.
“Sabemos que o setor empresarial do estado tem sido mal gerido. Tivemos a situação da Efacec há pouco tempo, a situação da TAP em que se concretizou interferência política na gerência da empresa, portanto consideramos que isto é muito grave”, afirmou o liberal.
A Iniciativa Liberal pretende, assim, discutir o tema a 10 de janeiro no Parlamento. O Chega quer a discussão no dia seguinte, pretendendo chamar à comissão Pedro Nuno Santos e a ex-líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.
“É um negócio estranho, em que aparenta haver suspeições de influência política externa, desnecessária e injustificada, para a realização deste negócio. É importante que Pedro Nuno Santos e Mariana Mortágua explicassem esta interferência”, afirmou.
Ao início da tarde desta quarta-feira, o PSD pediu explicações ao secretário-geral do PS, exigindo conhecer o despacho das Finanças para a compra de ações dos CTT.
Em reação à Renascença, a Parpública confirmou uma "participação residual" de cerca de 0,25% no capital dos CTT, que corresponderá a menos de 380 mil ações, adiantando que a mesma será identificada na carteira de participações nos próximos relatórios.
Segundo o jornal Eco, e apesar de a empresa do Estado nunca ter revelado a compra de ações dos Correios, a participação nos CTT é uma das incluídas no Relatório e Contas de 2021, no quadro dedicado a "Outras participações financeiras", com a indicação "Outros" - avaliada, a 31 de dezembro desse ano, em 1,73 milhões de euros.