O travão da Polónia e da Hungria obrigou à migração do debate sobre o asilo de refugiados para esta sexta-feira, segundo dia de Conselho, num verdadeiro forcing que já começou para que o tema não salte da agenda e das conclusões finais. Seria um verdadeiro fracasso político.
Varsóvia e Budapeste querem deixar claro, no texto final, que as decisões sobre as migrações devem ser tomadas por consenso, e não por maioria qualificada, apesar de não ser isso que preveem os Tratados.
Os líderes da União deitaram-se tarde e já retomaram o trabalho dando prioridade às migrações. À chegada, António Costa não falou aos jornalistas. Já o primeiro-ministro belga – Alexander de Croo – insistiu que é mesmo preciso chegar a conclusões.
“É claro que alguns países estavam a bloquear a discussão”, reconhece Alexandrer de Croo que ressalvou, no entanto, que houve “um grande impulso de todos os outros países para continuar a dinâmica dos dois últimos conselhos”. Por isso, acrescentou, “há realmente, realmente, realmente, um desejo de poder chegar a conclusões”.
Resta saber se vai ser possível concretizar este desejo.