Os lesados do Banco Espírito Santo já garantiram a recuperação de mais de metade do que investiram. A Renascença sabe que, nas negociações entre a associação que representa os lesados do papel comercial e as autoridades, já foi alcançado um acordo que permite recuperar, pelo menos, 250 milhões de euros, 58% do valor.
São números apurados pela Renascença no dia em que as partes se encontram pela terceira vez desde que foi assinado o memorando de entendimento. As negociações estão bem encaminhadas, mas esta terça-feira a discussão ainda será sobre a forma como vão ser feitas as compensações.
Em causa está a situação de 2.084 subscritores de papel comercial, num processo inédito que está a ser mediado pelo Governo e no qual participam ainda o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e o "banco mau" do BES.
No total, os investidores aplicaram 432 milhões de euros.
Neste momento, as partes discutem financiamento alternativo. Ao que a Renascença apurou junto de fonte próxima do processo, o objectivo é chegar aos 350 milhões, um valor que deixaria os lesados com perdas na ordem dos 20%, cifra já considerada aceitável.
A mesma fonte garante que tudo ficará fechado até ao final da primeira semana de Maio, ou seja, dentro do prazo estabelecido no memorando.