O presidente do Observatório de Segurança Criminal Organizada e Terrorismo (OSCOT) considera que Portugal tem a “obrigação” de proteger a comunidade ismaelita e as suas instalações diplomáticas e que é preciso apurar se o ataque ao Centro Ismaelita, em Lisboa, foi um ato de terrorismo ou não.
“Sabe-se que o agressor é afegão e foram mortas duas pessoas, o que é muito grave. Portugal deve procurar saber o que é que se passa”, afirma Jorge Bacelar Gouveia à Renascença, lembrando que Portugal tem relações diplomáticas com a comunidade ismaelita.
O jurista e antigo deputado afirma ainda que, apesar de Portugal viver uma relação de paz com o Islão, isso “não deve fazer baixar a guarda” das autoridades portuguesas no que diz respeito a ataques terroristas que tenham uma radicalização religiosa relacionada.
Bacelar Gouveia indica ainda que esta é uma realidade que preocupa Portugal, que tem vindo a reforçar os seus serviços de informação, e não descarta um reforço das forças de segurança.
“Cabe às autoridades políticas, não às autoridades de segurança, tranquilizarem as pessoas e garantirem que esse tipo de atividade de vigilância e de prevenção está a ser efetivamente realizado, até que seja reforçado, sendo caso disso", afirma.