Ataque em Lisboa. "Portugal tem de procurar saber o que se passou", diz Bacelar Gouveia
28-03-2023 - 14:32
 • André Rodrigues , Diogo Camilo

Presidente do Observatório de Terrorismo pede um aumento da vigilância e prevenção e aponta que é preciso apurar se o ataque ao Centro Ismaelita, em Lisboa, foi um ato de terrorismo ou não.

O presidente do Observatório de Segurança Criminal Organizada e Terrorismo (OSCOT) considera que Portugal tem a “obrigação” de proteger a comunidade ismaelita e as suas instalações diplomáticas e que é preciso apurar se o ataque ao Centro Ismaelita, em Lisboa, foi um ato de terrorismo ou não.

“Sabe-se que o agressor é afegão e foram mortas duas pessoas, o que é muito grave. Portugal deve procurar saber o que é que se passa”, afirma Jorge Bacelar Gouveia à Renascença, lembrando que Portugal tem relações diplomáticas com a comunidade ismaelita.

O jurista e antigo deputado afirma ainda que, apesar de Portugal viver uma relação de paz com o Islão, isso “não deve fazer baixar a guarda” das autoridades portuguesas no que diz respeito a ataques terroristas que tenham uma radicalização religiosa relacionada.

Bacelar Gouveia indica ainda que esta é uma realidade que preocupa Portugal, que tem vindo a reforçar os seus serviços de informação, e não descarta um reforço das forças de segurança.

“Cabe às autoridades políticas, não às autoridades de segurança, tranquilizarem as pessoas e garantirem que esse tipo de atividade de vigilância e de prevenção está a ser efetivamente realizado, até que seja reforçado, sendo caso disso", afirma.