António Pacheco, antigo jogador do Benfica, atribui a iminente saída de Jorge Jesus do Benfica a mais uma demonstração de egocentrismo do técnico de 67 anos. “Não constituiu uma surpresa” e a entrada, de forma interina, de Nélson Veríssimo “não é nada de anormal”.
“Este acordo de saída partiu da parte de quem? Suspeito que o treinador tenha forçado isso. Se assim é, vem demonstrar que se sente muito acima de todos os outros, o que desorienta os que trabalham com ele”, atira, em Bola Branca.
O antigo avançado encarnado vê o apoio a Pizzi, colocado a treinar à parte da equipa, como uma demonstração de que “o grupo é forte”, ao “unir-se em torno de um dos capitães”. Mostra também que “o grupo devia estar fartíssimo” do treinador.
“Qualquer treinador que venha, de preferência alguém que já conhecem, como Veríssimo, será melhor do ponto de vista mental”, admite, em entrevista à Renascença.
Nélson Veríssimo irá orientar a equipa no jogo com o FC Porto, esta quinta-feira, para a 16ª jornada do campeonato. Pacheco acredita que o Clássico “vem na melhor”, uma vez que os jogadores querem “dar uma demonstração inequívoca” de que o problema não está “do lado dos jogadores do clube”.
A escolha de um novo técnico estará agora “a cargo de Rui Costa”. A continuidade de Nélson Veríssimo ou a escolha de outro treinador vai depender “do tipo de pessoa que o presidente tenha pensado” e do “projeto desportivo para o clube”.
Pacheco, de 55 anos, representou o Benfica durante seis temporadas, entre 1987 e 1993. Ao serviço das águas conquistou dois campeonatos, uma Taça de Portugal e uma supertaça. Foi ainda seis vezes internacional por Portugal.