Uma “estreia em grande forma”. Foi assim que o novo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, descreveu a sua aparição na manifestação da CGTP realizada na manhã desta sexta-feira, junto à Assembleia da República.
Para o homem que substituiu Jerónimo de Sousa como líder dos comunistas, a concentração dá “a resposta política necessária ao Orçamento que está a ser aprovado neste momento”: um Orçamento de “empobrecimento”.
Na ação sob o lema: "Mais salário! Melhores pensões! | Contra o aumento do custo de vida e o ataque aos direitos | Investir nos serviços públicos", a central sindical alerta para a necessidade de resposta aos problemas dos trabalhadores e do país, em luta pelo aumento dos salários e pensões para repor e melhorar o poder de compra.
Paulo Raimundo refere ainda que o objetivo da manifestação é “reivindicar condições mais dignas, mais salários e a dignidade e o respeito que os trabalhadores merecem”, indicando que o aumento dos salários é uma “emergência nacional”.
“Está a faltar vontade política para concretizar, não está a faltar mais nada. Dinheiro existe. O Orçamento fez opções e o PS e o Governo fizeram opções que não correspondem a essa necessidade, mas mais tarde ou mais cedo vão ter de ceder nesse sentido. Não há dúvidas acerca disso”, disse.
A concentração decorre no último dia de votação das cerca de 1.800 propostas de alteração apresentadas, que culminará com a votação final global do documento.