Santana Lopes já assumiu este domingo que não vai ser eleito deputado pelo círculo de Lisboa, naquela que era a grande aposta do Aliança para chegar à Assembleia da República. Por isso, em conferência de imprensa, o ex-primeiro-ministro revelou que vai colocar o lugar à disposição no senado, o órgão máximo do partido entre congressos, no próximo sábado.
“O Aliança não deve conseguir eleger um deputado, em democracia não há justiça ou injustiça, há votos, que exprimem a vontade da população. O Aliança não é um partido monotemático, de uma causa singular”, frisou, fazendo uma referência ao sucesso eleitoral do PAN.
Santana Lopes elogiou ainda Assunção Cristas, que abandona a liderança do CDS na sequência dos resultados deste domingo. “Combateu no Parlamento com determinação e coragem. Os ventos em Portugal sopram para o lado da esquerda”, resumiu.
Aliás, “se o partido tivesse 30 ou 40 anos”, Santana tomaria a “mesma decisão que Assunção Cristas”. “Um partido político é uma maratona, uma corrida de fundo. O Aliança não é um projeto de um homem só, é coletivo, queremos apelar à juventude. Temos autárquicas, ainda temos presidenciais pelo meio. A vida continua e as dificuldades dos portugueses também”, argumentou.