A cinco jornadas do fim do campeonato da primeira liga, seis para o Famalicão e Sporting que se defrontam amanhã, subsistem muitas dúvidas por esclarecer, significando isso que o interesse por todas as classificações permanece intacto, e assim vai certamente manter-se por algum tempo.
Na frente, a liderança dos leões não merece discussão, tal como ficou provado no encontro que disputaram na sexta-feira em Barcelos, onde venceram com toda a normalidade e justiça um Gil Vicente que nunca conseguiu encontrar forma de contrariar o melhor futebol da equipa de Alvalade.
O Sporting precisou apenas de alguns minutos para se colocar comodamente no comando do marcador, o que ficou demonstrado aos trinta minutos, quando a formação comandada por Rúben Amorim já tinha ganho um avanço de três golos, que haveria de aumentar com mais um até ao expirar a primeira parte.
Com quatro pontos de avanço sobre a concorrência mais directa, o Sporting será amanhã posto à prova num embate de elevado grau de dificuldade, onde terá de confirmar se estamos ou não perante a melhor e mais rentável equipa deste campeonato.
No dia seguinte, sábado, o Futebol Clube do Porto carregou ainda mais os tons já muito cinzentos que vêm marcando a sua época, quase a chegar ao fim. A 15 pontos do Sporting e 11 do Benfica, aos dragões apenas se lhes poderá atribuir nota positiva caso consigam ultrapassar o Vitória de Guimarães e chegar e vencer a final da Taça de Portugal.
Foi muito pobre a sua actuação frente ao Famalicão no estádio do Dragão, onde protagonizou o terceiro jogo consecutivo sem vencer, reforçando assim a imagem de uma época de desnorte, para a qual também poderá contribuir a agitação vivida fora das quatro linhas pelo clube, devido ao conflituoso momento eleitoral que atravessa.
O Benfica ultrapassou, na Luz, um obstáculo que se previa mais complicado.
De facto, o Moreirense, sexto na classificação geral, agora com os mesmos pontos que o Arouca, não teve capacidade para corresponder a algumas expectativas, acabando por sucumbir, frente a uma equipa que nunca lhe deu quaisquer veleidades.
Fazendo uma autêntica revolução no onze inicial, com oito alterações em relação ao jogo anterior com o Marselha, Roger Schmidt não só venceu como, com este resultado e esta exibição, abriu caminho para uma boa jornada europeia na próxima quinta-feira.