O líder do Chega recusou definir uma meta, de ser o terceiro ou quarto partido nas autárquicas deste ano, mas disse ser legítimo querer ficar logo atrás do PS e do PSD, em terceiro.
No final de uma convenção autárquica com dirigentes do sul do país, este sábado em Loures, concelho de Lisboa, onde foi vereador pelo PSD, André Ventura assumiu que o partido quer concorrer a todas as autarquias ou à "esmagadora maioria" delas nas eleições previstas para setembro ou outubro e falou sobre objetivos eleitorais.
"Não vamos definir metas de ficar em terceiro ou quarto, mas parece evidente que queremos um lugar próximo do que temos nas sondagens" para legislativas, afirmou.
Se o Chega "é a terceira força nacional", se o seu líder foi terceiro nas presidenciais, se o partido é terceiro "nas sondagens", então André Ventura concluiu: "É legítimo que queiramos ter um lugar consentâneo com isso na "ranking" da noite eleitoral".
Ventura encara as próximas eleições locais como um teste ao partido, que ainda não existia nas autárquicas de 2017, e, por isso, se apresentará sozinho nas urnas.
"O Chega apresenta-se a votos em todas as autarquias para percebermos a nossa força e o impacto eleitoral que teremos em futuros atos eleitorais", afirmou, para dizer a seguir que também pretende "ter soluções para os problemas concretos das populações".
Sem avançar mais pormenores, e face "aos números" que diz dispor e às sondagens", o líder do Chega disse acreditar que o partido pode "ganhar algumas" autarquias no sul do país, que considerou "um bastião".
Em tempo de confinamento devido à epidemia de Covid-19, André Ventura, que chegou ao local da convenção sem máscara, cumprimentou alguns dos dirigentes, também eles sem máscara, a exemplo de outros militantes presentes na reunião, anunciou ainda o nome do candidato do partido à câmara de Loures – o deputado municipal Bruno Nunes.
Bruno Nunes tinha sido eleito para a Assembleia Municipal na candidatura do PSD que teve André Ventura como candidato à Câmara, em 2017.
O líder e deputado do Chega reafirmou ainda a opção do partido de concorrer sozinho nas autárquicas, afirmando ser "completamente indiferente" ao entendimento entre o PSD e CDS, que o deixaram de fora do acordo.