Os partidos SPD, Verdes e Liberais assinaram esta terça-feira, em Berlim, o acordo de coligação que permitirá ao social-democrata Olaf Scholz ser investido na quarta-feira como o nono chanceler da Alemanha em 72 anos.
As negociações produziram "muito bons resultados, que nos ajudarão a organizar o progresso neste país, e é por isso que é bom que hoje possamos assinar o acordo de coligação para a formação deste governo", disse Olaf Scholz, o próximo chanceler da Alemanha.
"Se a boa cooperação que funcionou enquanto estávamos a formar o governo continuar a funcionar, será um momento muito, muito bom para as tarefas que temos pela frente", acrescentou.
Olaf Shcolz, de 63 anos, vai suceder à democrata-cristã Angela Merkel, que liderou o executivo alemão nos últimos 16 anos.
O acordo de coligação "Ousar mais progresso", de 177 páginas, foi assinado no Museu Futurium de Berlim.
Os esforços para travar as alterações climáticas são uma prioridade máxima para o novo governo, particularmente para os Verdes.
Outras prioridades incluem a modernização da maior economia da Europa e a introdução de políticas sociais mais liberais.
No imediato, o novo governo enfrenta a tarefa de lidar com a pandemia de covid-19, como reconheceu Olaf Schulz.
A pandemia "vai exigir toda a nossa força e energia", afirmou o futuro chanceler, nomeado pelo Partido Social Democrata da Alemanha (SPD, na sigla em alemão).
O copresidente dos Verdes e futuro ministro da Economia e do Clima, Robert Habeck, salientou que os três partidos formaram "um governo para o povo na Alemanha", embora sejam "reconhecíveis nas suas diferenças".
Além da pandemia, Habeck salientou como objetivo fundamental combinar "neutralidade climática e prosperidade" na nação industrial líder da Europa e quarta maior economia do mundo.
A copresidente dos Verdes e ministra dos Negócios Estrangeiros designada, Annalena Baerbock, disse que cabe aos três partidos concretizar o acordo de coligação com "perspetiva, pragmatismo e, sobretudo, com muita paixão", segundo a EFE.
O novo ministro das Finanças e líder dos liberais do FDP, Christian Lindner, salientou que o novo governo quer começar a "trabalhar no progresso" já a partir desta semana.
Mas "não temos ilusões, enfrentamos grandes desafios", acrescentou, citado pela AP.