O primeiro-ministro manifestou-se esta quinta-feira confiante que o défice deste ano, "com conforto", será inferior a 2,5%, num discurso em que afirmou que o seu Governo, "depois do tempo das urgências", entrou agora na resposta aos bloqueios estruturais.
António Costa falava na abertura do primeiro debate quinzenal do novo ano legislativo, na Assembleia da República, ocasião que aproveitou para destacar as previsões de várias instituições internacionais em relação ao processo de redução do défice em 2016 em Portugal.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro referiu que o défice deste ano "ficará claramente abaixo dos 3% do Produto Interno Bruto".
"E que com conforto estamos confiantes será inferior a 2,5%. Prometemos uma alternativa que respeitasse o nosso programa, as posições da maioria que apoia o Governo e os compromissos internacionais do nosso país - e é isso que estamos a cumprir, contrariando todos os catastrofismos semanais de quem já mais nada tem para dar, do que esperar o falhanço do país", disse, numa alusão crítica ao PSD e CDS-PP.
Após um breve balanço sobre dez meses de vida do seu executivo, António Costa referiu que o seu Governo "não está conformado".
"Sabemos que ainda há muito a fazer. Depois do tempo das urgências, é agora o tempo de vencer os bloqueios estruturais ao nosso desenvolvimento", disse, apontando então os pilares do Programa Nacional de Reformas.