O Administrador Apostólico Diocesano de Vila Real, D. Amândio Tomás, escreveu esta segunda-feira aos fiéis da diocese, comunicando-lhes "a grande alegria que [os] encherá de júbilo", em referência à nomeação de D. António Augusto de Oliveira Azevedo como bispo de Vila Real.
“Alegremo-nos e exultemos! É uma mais-valia para a diocese. Agradeçamos ao Papa, que preside à caridade e manifesta, assim, a sua solicitude por esta porção do Povo de Deus”, escreve D. Amândio.
A entrada de D. António na Sé Catedral de Vila Real terá lugar no dia 30 de Junho próximo, da parte de tarde. E D. Amândio exorta todos os fiéis “a receber o novo bispo com alegria e afeto, como os transmontanos sabem fazer”.
“Recebamos com fé e gratidão aquele que Deus nos dá, para nos conduzir na obediência e sequela de Jesus Ressuscitado”, realça o prelado.
O Administrador Apostólico Diocesano de Vila Real afirma ainda que “D. António é jovem, culto, generoso, com futuro promissor”.
“É lufada de ar fresco da beira-mar, do Concelho da Maia, para dar novo vigor à diocese e conquistar o coração da gente nova e dos que andam arredios, trazendo-os ao apreço e amor do evangelho”, escreve D. Amândio Tomás, observando que “a diocese precisa de sangue novo, dum bispo jovem, que fará toda a diferença”.
“Os jovens são os protagonistas da renovação e pedem o envolvimento das famílias, dos padres e do Povo de Deus. Eles querem empenho, proximidade, empatia, sangue novo, coerência, fidelidade e nova linguagem, que os cative e fale ao coração”, sublinha o prelado.
Celebração de centenário da diocese à porta
Referindo-se às celebrações do centenário da criação da Diocese de Vila Real, em 2022, D. Amândio entende que a efeméride deverá ser “motivo e ocasião de renovação, de aposta em movimentos, obras, estruturas intermédias, em iniciativas, coordenadas pelo novo bispo em prol da unidade e da fecundidade apostólica da diocese”.
E, parafraseando Santo Inácio de Antioquia, sublinha que importa seguir a máxima: “tudo com o bispo, nada contra o bispo”.
“E, na revitalização da Igreja diocesana, exorto à co-responsabilidade e empenho de todos e cada um, lembrando a recomendação de Santo Agostinho: unidade nas coisas necessárias, liberdade nas duvidosas e caridade em tudo’”, escreve o Administrador Apostólico Diocesano de Vila Real.
A terminar a carta à diocese transmontana, D. Amândio Tomás aproveita para “agradecer o carinho e amor” e pede orações.
O prelado informa ainda que, após a administração apostólica diocesana, viverá “longe dos holofotes, na meditação e oração”, pelos fiéis e pela Igreja toda, à qual se consagrou.
“Nunca me arrependi de me ter doado, com a graça de Deus, como pude e soube, ao anúncio do evangelho de Jesus Cristo (...). Peço a Deus que vos abençoe. Por vós rezo e a todos exorto a receber, com alegria, o novo bispo que o Senhor nos deu, que é já o meu bispo e quero que seja o vosso”, conclui D. Amândio.
D. Amândio Tomás, o quinto bispo da diocese de Vila Real, foi ordenado sacerdote em 15 de agosto de 1967, tendo desempenhado durante largos anos o cargo de reitor do Colégio Português, em Roma.
A 5 de Outubro de 2001, foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Évora, pelo Papa João Paulo II, tendo sido ordenado a 6 de janeiro, pelo mesmo Papa, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
A 8 de Janeiro de 2008, foi nomeado bispo coadjutor da diocese de Vila Real, com direito de sucessão, pelo Papa Bento XVI, nela entrando solenemente em 10 de fevereiro.
Sucedeu a D. Joaquim Gonçalves no cargo de bispo da diocese a 17 de maio de 2011, após resignação por limite de idade.