O Papa Francisco rezou esta manhã pela paz e pela reconciliação na tão ferida e explorada República Democrática do Congo. No dia em que deveria celebrar em Kinshasa, capital daquele país, o Papa rezou “para que os cristãos sejam testemunhas de paz, capazes de superar qualquer sentimento de ódio e vingança, a tentação de que a reconciliação não seja possível, toda a ligação doentia ao próprio grupo que leve ao desprezo os outros”.
Na homilia da missa celebrada na basílica de São Pedro com a comunidade congolesa residente em Roma, Francisco recordou que “a paz começa a partir de nós; de mim e de ti, do coração de cada um. Se vives a sua paz, Jesus chega e a tua família, a tua sociedade mudam”.
O Papa acrescentou que a mudança só acontecerá “se, em, primeiro lugar, o teu coração não está em guerra, não está armado de ressentimento e de raiva, se não está dividido, nem é duplo e falso”.
Face à actual realidade daquele país africano, ferido por divisões e conflitos, o Papa sublinhou que ser cristão “não significa ser ingénuo, mas abominar todo o instinto de supremacia e opressão, de ganância e posse, não é voraz nem encontra segurança na força ou na arrogância, na ganância de dinheiro e dos bens que tanto prejudicam a República Democrática do Congo”. Pelo contrário, “o discípulo de Jesus rejeita a violência, não faz mal a ninguém e ama a todos”.
Papa pede um projeto de paz global
Também este domingo, o Papa Francisco voltou a apelar à comunidade internacional para rezar "pela paz na Ucrânia e no mundo inteiro" e pediu um projeto global por parte dos estadistas.
"Faço um apelo aos chefes das nações e das organizações internacionais para que reajam à tendência de acentuar a conflitualidade e a contraposição. O mundo precisa de paz", apelou o Sumo Pontífice.
"Não uma paz baseada no equilíbrio dos armamentos e no medo recíproco. Não, assim não vai", acrescentou.
Por isso, o Papa realça que é preciso passar das "estratégias de poder político, económico e militar" e dizer "sim a um mundo unido entre povos e civilizações que se respeitam".