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O Presidente francês, Emmanuel Macron, exigiu esta sexta-feira um cessar-fogo na Ucrânia ao seu homólogo russo, numa conversa telefónica em que Vladimir Putin acusou Kiev de "numerosos crimes de guerra".
Durante o telefonema, que durou cerca de setenta minutos, Emmanuel Macron "exigiu novamente o respeito imediato de um cessar-fogo" na Ucrânia, informou a presidência francesa.
Macron expressou a sua "extrema preocupação" com a situação em Mariupol, uma cidade no sudeste da Ucrânia bombardeada pelo Exército russo, e pediu "o levantamento do cerco e um acesso humanitário", segundo a mesma fonte.
Por seu lado, o Kremlin disse em comunicado que Putin "chamou a atenção para os numerosos crimes de guerra cometidos diariamente pelas forças de segurança e nacionalistas ucranianos".
Depois de o presidente norte-americano Joe Biden ter dito que Putin é "um criminoso de guerra", na quinta-feira, os Estados Unidos acusaram a Rússia de cometer crimes de guerra durante a invasão da Ucrânia, que já dura há mais de três semanas.
Na conversa com Macron, Putin invocou "os ataques massivos de foguetes e de artilharia nas cidades do Donbass", a região no leste da Ucrânia parcialmente controlada por separatistas pró-Moscovo.
O Presidente russo também assegurou que "as forças armadas russas estão a fazer todo o possível para preservar a vida de civis, em particular criando corredores humanitários para a sua evacuação segura", versão que Kiev e os países ocidentais disputam, sustentando que as forças russas têm dificultado o auxílio a cidades cercadas e que os seus ataques visam alvos civis.
Os dois líderes também discutiram as negociações em curso entre Moscovo e Kiev, de acordo com o Kremlin.