O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas diz estar satisfeito com o programa apresentado esta terça feira pelo Governo, que prevê a atribuição de nos próximos três anos de 12 milhões de euros para projetos de saúde mental.
À Renascença, António Sousa Pereira sublinha, a propósito do Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior, que "o país não tem falta de psicólogos", mas que "muitas vezes as instituições não conseguem abrir vagas", acrescentando que a criação deste programa "vai acabar com as desculpas para que as instituições deixem de ter o serviço a funcionar no âmbito da saúde mental".
A par da apresentação do programa, a comissão de trabalho criada pela Governo divulgou um estudo de que 15% das instituições de ensino superior não têm serviços de saúde mental, um número que o presidente do conselho de reitores admite como verdadeiro.
António Sousa Pereira recorda que "uma coisa é certa: os nossos jovens universitários atravessam uma fase crítica das suas vidas, por um lado, porque mudam de sistema de ensino e nem sempre é fácil adaptação. e por outro lado, porque são alturas complexas do ponto de vista da sua evolução mental e, portanto, é natural que surjam perturbações que necessitam de ser acompanhadas".