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A vacina Pfizer-BioNTech para a Covid-19 "não deve ser administrada a doentes com antecedentes de reações alérgicas graves a vacinas", defende a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a SPAIC salienta que, de acordo com as informações dos reguladores europeus e norte-americanos, as reações alérgicas à nova vacina são “eventos raros”, mas devem ser tomadas precauções.
A SPAIC considera que a relação risco-benefício da nova vacina seja avaliada por um imunoalergologista, “nos casos de anafilaxia prévia a medicamentos, alimentos, latex, venenos de himenópteros e ainda nos casos de anafilaxia idiopática, síndromes de ativação mastocitária e imunodeficiências primárias”.
As vacinas para o SARS-CoV-2 “só deverão ser administradas em Unidades de Saúde onde existam profissionais devidamente treinados e meios adequados para o tratamento de eventuais reações alérgicas”, defende a sociedade.
Deverá também ser respeitado um período de vigilância de 30 após a administração da vacina para a Covid-19.
A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica sublinha que, apesar da informação clínica disponível sobre os casos em que terão ocorrido reações alérgicas suspeitas à vacina Pfizer-BioNTech para a Covid-19 “ser ainda muito limitada, não se supõe existir um risco acrescido de efeitos adversos à vacina em doentes asmáticos, com rinite alérgica ou com eczema”.
A SPAIC manifesta disponibilidade para colaborar com a Direção-Geral da Saúde (DGS), Infarmed e com os coordenadores do Plano de vacinação contra a Covid-19 para investigar todos os doentes com reações alérgicas graves às vacinas para o SARS-CoV-2.
Os efeitos adversos da vacina contra a Covid-19 são “muitíssimos ligeiros além de serem raros”, garantiu na terça-feira o diretor do Departamento da Qualidade na Saúde da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Valter Fonseca referia-se, em conferência de imprensa, à nova vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech, que vai começar a ser administrada em Portugal, no domingo, dia 27.
Valter Fonseca reforça que “todas as vacinas testadas manifestaram elevadíssimos níveis de segurança” e a informação aos portugueses será transparente.