Os educadores cristãos, nas áreas da catequese, escolas católicas e Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) iniciam esta sexta-feira um ciclo formativo, dinamizado pelo Grupo VITA, e que vai aprofundar o tema “Violência Sexual: Conhecer, prevenir, agir”.
De acordo com a informação enviada à Renascença, a iniciativa começou a ser delineada de junho do ano passado, em Fátima, junto dos responsáveis nacionais de EMRC e catequese, e vai desenvolver-se a partir de dois módulos formativos.
O módulo “Conhecer” pretende fomentar a reflexão sobre a “Violência sexual contra crianças e adultos vulneráveis”, e partilhar estratégias para “conhecer e intervir junto das vítimas e agressores”.
Já o “Módulo Prevenir e Agir”, assenta no Manual de Prevenção para Instituições da Igreja apresentado pelo Grupo VITA, em dezembro.
Segundo Fernando Moita, diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), “esta é uma primeira fase dirigida aos responsáveis diocesanos da EMRC e da catequese, bem como às escolas católicas, e quer dotar os agentes educativos cristãos de ferramentas para melhor cuidar, prevenir e atuar em caso de abusos de crianças, adolescentes e adultos, que estão ao nosso cuidado”.
Nas duas formações programadas para a catequese vão participar cerca de quatro dezenas de responsáveis diocesanos.
“Estas formações são o início de um trabalho que nos compromete a todos e queremos que se vá alargando até cada realidade paroquial”, diz a irmã Arminda Faustino, coordenadora do Departamento de Catequese no SNEC.
A religiosa dá conta da necessidade de “ajudar as pessoas a estarem abertas e a perceber que esta realidade não acontece só noutras latitudes”
“Ela pode estar presente junto a nós e temos de nos formar, ser competentes nestas matérias para podermos efetivar a ‘dupla fidelidade’ a que nos chama o próprio Diretório para a Catequese, quando nos pede para reconhecermos ‘a quem anunciamos’ e quem são os destinatários do anúncio do evangelho”, conclui.
Na visão dos responsáveis pelo SNEC, a catequese, as aulas de EMRC e as escolas católicas devem ser “lugar privilegiado do cuidado” e quem assume “esta responsabilidade de coordenação” tem de ter as “competências necessárias para ajudar outros”.