Ativistas do Coletivo de Libertação da Palestina e dos grupos Climáximo e a Greve Climática Estudantil de Lisboa atiraram tinta vermelha, esta quinta-feira, à fachada do edifício do escritório da The Navigator Company.
Em letras vermelhas, os ativistas escreveram a palavra "genocida" e colaram papéis onde se pode ler "Quem lucra com o apartheid é cúmplice de genocídio".
Em comunicado, os grupos referem que a Navigator é uma "empresa produtora de pasta celulósica e de papel, a sexta maior exportadora de Portugal para Israel, lucrando diretamente com o apartheid sionista e a limpeza étnica do povo palestiniano".
Segundo os ativistas, as empresas como a Navigator, que "aceitam normalizar este projeto colonial através de trocas comerciais, têm também sangue palestiniano nas mãos e não vão conseguir lavá-lo até boicotarem todas as organizações cúmplices com o estado sionista".
Para além das críticas à ligação com Israel, os ativistas alertam para o facto da empresa ser "uma das maiores emissores de CO2 do país, perpetuadora da monocultural eucaliptal das nossas florestas e uma das empresas portuguesas que mais contribui para o colapso ambiental global com que nos deparamos".
Os grupos apelam aos portugueses para "parem de consentir com o genocídio a decorrer na Palestina" e ainda a resistir contra as "mais de 930 empresas portuguesas quem exportam para Israel"
"Exigimos que a Navigator e restantes empresas portuguesas cancelem todas as exportações para o estado sionista ou empresas israelitas. Exigimos boicote, desinvestimento e sanções a todas as organizações cúmplices com a ocupação", dizem.