Os trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) voltam a paralisar esta segunda-feira, estando prevista uma concentração em frente à Câmara de Almada, no distrito de Setúbal.
No domingo, o protesto registou uma adesão de "entre 90 e 95%", segundo estima fonte sindical, enquanto a empresa afirma que aderiram 61% dos trabalhadores em luta por aumentos salariais.
"A greve, como nas paralisações anteriores, está a ter uma adesão de entre 90 e 95%, com a empresa a recorrer em algumas carreiras a trabalhadores contratados a prazo", afirmou à Lusa João Saúde, da Fectrans - Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
Segundo o sindicalista, perante a exigência de um aumento salarial para 750 euros, a TST avançou com uma contraproposta "de um aumento para 685 euros de salário base" e da adoção de um sistema de "folgas rotativas para os trabalhadores que não folgam ao sábado e ao domingo".
De acordo com o sindicato, à semelhança das greves realizadas em março e abril, entre os motivos que levaram à convocação da atual paralisação estão o aumento de salários e a sobrecarga horária.
A anterior greve na TST, em abril, teve uma adesão de 95%, segundo o sindicato, e de 75%, de acordo com a empresa, e levou à supressão das carreiras de Setúbal para Lisboa, via autoestrada, e nas pontes Vasco da Gama e 25 de Abril.
A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua atividade na Península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos, designadamente Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.