No final do Angelus proferido da janela do Palácio Apostólico, Francisco referiu, a propósito do Dia mundial contra o trabalho infantil que ontem se assinalou, que “não é possível fechar os olhos à exploração das crianças, privadas do direito de brincar, de estudar e de sonhar”.
O Papa citou as estimativas da Organização Internacional do Trabalho que referem haver mais de 150 milhões de crianças exploradas, "é uma tragédia, é mais ou menos como todos os habitantes de Espanha, da França e de Itália juntos. Isto acontece hoje!”, lamentou o Santo Padre.
Francisco também se mostrou preocupado com a fome na região do Tigrai, na Etiópia. “Atingida por uma grave crise humanitária, que expõe os mais pobres à fome”, o Papa pediu orações “para que cessem imediatamente as violências, para que a todos seja garantida a assistência alimentar e sanitária e se recupere rapidamente a harmonia social”.
Nas reflexões que fez antes da oração, Francisco apelou à confiança, “mesmo quando surge o desânimo em muitas situações da vida, comparada com a aparente força do mal”. E para não paralizarmos diante das dificuldades, o Papa propõe um novo olhar sobre nós mesmos e sobre a realidade, com “olhos maiores, que saibam ver mais longe, especialmente além das aparências, para descobrir a presença de Deus que, como amor humilde, está sempre presente no terreno da nossa vida e no da história.”
E conclui: “Como é importante esta atitude também para sairmos bem da pandemia! Cultivar a confiança de estar nas mãos de Deus e, ao mesmo tempo, empenharmo-nos todos em reconstruir e recomeçar, com paciência e constância.”