Roger Stone foi detido esta sexta-feira, na Flórida, no âmbito das investigações de Robert Mueller sobre a Rússia. O ex-conselheiro e amigo próximo de Donald Trump está indiciado por sete crimes, incluindo um de obstrução à Justiça, cinco de falsas declarações e um de manipulação de testemunha.
A detenção foi levada a cabo pelo FBI sob ordens do procurador especial Mueller, responsável por investigar a alegada interferência russa nas últimas eleições presidenciais norte-americanas, em 2016. O próprio Presidente é suspeito de ligações duvidosas a operativos russos durante a campanha eleitoral.
Stone acabou por sair em liberdade após pagamento de fiança, ficando a aguardar julgamento fora da prisão.
Segundo a agência Reuters, o conselheiro e amigo de Donald Trump há anos está indiciado por vários crimes, incluindo falsos testemunhos relativos a declarações sobre o envolvimento da Wikileaks na divulgação de dezenas de milhares de documentos roubados do comité Partido Democrata durante a campanha presidencial de 2016.
Stone é acusado de ter “enviado e recebido vários emails e mensagens de texto durante a campanha de 2016 em que discutiu questões associadas à 'Organização 1', ao seu líder e à existência de emails pirateados”.
A “Organização 1”, embora não identificada explicitamente no documento de acusação, corresponde, pela descrição, ao Wikileaks, entidade que publicou informação sigilosa e confidencial a partir de fontes anónimas.
O antigo conselheiro, de 66 anos, vai ser ouvido em tribunal ainda esta sexta-feira.
Stone é a 34.ª pessoa a ser detida no âmbito da investigação do magistrado Mueller.
Após ter sido libertado com caução, à saída do tribunal da Flórida ao qual foi presente, Stone garantiu que a sua detenção nada tem a ver com a alegada ingerência russa nas eleições dos EUA e declarou-se inocente.
"Espero ser totalmente vingado" na Justiça, acrescentou aos jornalistas.
[Atualizado às 16h35]