Ficar a 11 pontos do Benfica e a seis do FC Porto representa um estímulo importante para uma equipa maioritariamente formada por jovens, que chega a este ponto da temporada mantendo a invencibilidade.
Com o começo da segunda volta e com novo empate dos portistas no jogo de ontem à noite em Braga, daqui poderá resultar mais um estímulo para que a “novidade Sporting” comece a transformar-se na possibilidade de alimentar um sonho que não se vive para as bandas de Alvalade vai para 19 anos.
Estamos, na realidade, numa época atípica.
Mas não poderá encontrar-se aí a razão mais funda para justificar a excelente campanha que a equipa comandada por Rúben Amorim está a protagonizar.
É verdade que o Benfica está a milhas de distância daquilo que eram as perspetivas no passado mês de agosto. Investir cem milhões e apresentar resultados tão desoladores são razões para baixar muito os níveis de confiança da sua massa associativa, que anda descontente e com absoluta razão.
É também verdade que os portistas têm deixado à vista uma má relação com os deuses da fortuna. O plantel não é muito vasto mas tem qualidade, ficando por isso por perceber a irregularidade de uma carreira e a perda pouco explicável de 14 pontos até esta altura.
Apesar de tudo isto, o mérito dos leões é inatacável e por isso deve ser posto em destaque, tanto mais que contraria rotinas de quase duas dezenas de anos, em que foram perdendo a possibilidade de discutir a hegemonia tanto com águias como com dragões.
Amanhã à noite o Sporting terá, em Barcelos, mais uma oportunidade de confirmar o seu bom momento, enquanto, pelo caminho, hoje o Benfica volta a jogar na Luz, já com o seu treinador principal no banco de responsáveis.
Portanto, duas caixas de surpresas ainda por abrir.