Rigor e critério das contratações, principalmente para o meio-campo, e aposta efetiva em um ou dois jogadores da formação é a sugestão de Toni para o Benfica resolver a questão da saída de Darwin Nuñez.
Em entrevista a Bola Branca, o antigo jogador e treinador do Benfica entende que tudo tem de ser preparado com rigor para a próxima época.
"O Benfica tem de ter mais rigor e critério nos jogadores que forem contratados. Deve olhar para a formação, não porque se ganhou a Youth League , mas olhar para um ou dois jogadores que possam ter uma aposta efetiva na próxima época. É preciso ter critério e rigor na construção do plantel, em especial num setor que tem sido pouco mexido, que é o meio-campo, e é importante para mudar a face do jogo do Benifca", considera.
Saída inevitável
Quanto a Darwin Nuñez, vendido por 75 milhões de euros, num negócio que pode chegar aos 100 milhões, Toni considera que o novo treinador do Benfica já estava a antever que o uruguaio iria sair.
"A partir do momento que os tubarões da Europa se movimentaram, em especial depois do que Darwin fez na Liga dos Campeões, levou certamente Roger Schmidt ficar a saber que não iria contar com o avançado", afirma.
Apesar do Liverpool não ter chegado à clausula de rescisão - 150 milhões de euros -, Toni reconhece que era impossível ao Benfica manter Darwin.
"Era muito difícil o Benfica reter este talento, como não conseguiu manter outros. São valores financeiros muito grandes. Não só para o clube, mas também para o jogador. E aí é difícil manter os jogadores. Seria bom desportivamente para o Benfica ter Darwin mais um ou dois anos. Perante os números era impossível, até porque o jogador não iria ficar com a cabeça limpa para continuar no Benfica", assegura.
Henrique Araújo com espaço
Neste entrevista, Toni olha para o ataque e elege o jovem Henrique Araújo como um jogador que o Benfica deve apostar de forma incondicional, já na próxima temporada.
"O Henrique Araújo é um projeto de jogador em que o Benfica deve apostar. Por aquilo que vejo, e pelas afirmações de Nélson Veríssimo e de António Oliveira que trabalharem com o avançado, é um jogador em que o Benfica e Roger Schmidt, se reconhecerem essas qualidades, tem potencial para se tornar ponta de lança do Benfica e discutir o lugar com outros avançados", conclui.