Pedro Duarte: "Montenegro tem condições para liderar PSD"
08-10-2019 - 14:56
 • Manuela Pires

Ex-deputado e antigo líder da JSD não é candidato à liderança do partido e considera que Luis Montenegro tem o perfil para gerar um consenso em torno de uma renovação do PSD.

Pedro Duarte não é candidato á liderança do PSD. O fundador do "Movimento X" defende que chegou o momento do partido “olhar para o futuro”, de procurar novos protagonistas e que Luis Montenegro é a escolha acertada.

“Era bom que se gerasse no PSD um consenso em torno de uma equipa, de um líder. Parece-me inequívoco que Luis Montenegro tem todas as condições para congregar este novo projecto político dentro do PSD”, disse Pedro Duarte.

Em declarações esta manhã em Lisboa, Pedro Duarte, que ainda o ano passado se colocava na corrida à liderança do PSD, descarta agora essa hipótese.

“Estou e estarei empenhado em ajudar o meu país por via de uma grande renovação dentro do PSD e estou disponível para apoiar e poder participar nesse processo de mudança, mas isso não passa por qualquer ambição ou projeto pessoal da minha parte. Neste cenário, não coloco a hipótese de me candidatar à liderança do PSD", afirmou aos jornalistas.

Questionado sobre os resultados do PSD nas eleições legislativas de domingo, 27,9 por cento dos votos, Pedro Duarte considerou que o problema do partido “não é desta eleição, é um problema dos últimos anos. Mas mais do que olhar para o passado e fazer uma caça ás bruxas ou apontar responsabilidades", os sociais-democratas deverão "olhar para o futuro".

"O partido deve agradecer com muita consideração e apreço o empenho do líder Rui Rio", afirmou, considerando que cabe ao presidente do partido a decisão de e quando se deve demitir.

Quanto ao futuro Governo, Pedro Duarte considera que “o PS tem todas as condições para encontrar os apoios para poder governar” e avisa o PSD que tem de fazer uma oposição muito exigente e não deve passar cheques em branco ao PS.

Pedro Duarte lembrou que no passado “os sociais-democratas viabilizaram governações socialistas, com a abstenção nos orçamentos de Estado e isso não deu bons resultados. "Num caso acabámos num pântano e no outro acabámos com a pré-bancarrota com o engenheiro Sócrates", afirmou.