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O coordenador da "task force" para o plano de vacinação Covid-19, o vice-almirante Gouveia e Melo, rejeita que o seu futuro passe por qualquer cargo político.
“Eu vou tirar esta farda, mas é para vestir outra. Eu sou militar, não tenho jeito para político. Fecho essa porta”, respondeu Gouveia e Melo aos jornalistas quando questionado sobre se estaria disponível para deixar a vida militar para ingressar na vida política.
"Eu não sou político. Qualquer ser que apareça como o salvador da pátria é mau para a democracia, porque a democracia salva-se em conjunto com todos os atores do sistema democrático", sublinha o coordenador da "task force".
Gouveia e Melo garante não ter críticas a apontar ao sistema político, referindo que considera ser uma profissão nobre de dedicação à causa pública, mas que ele encontrou outra forma de servir o país.
“Eu encontrei outra profissão nobre, dedico-me à causa pública através da minha profissão que é ser militar. Sinto-me muito contente em ser militar, não tenho nenhum interesse em tirar esta farda a não ser mudar para outra”, reforçou.
Estas declarações do vice-almirante foram proferidas na Guarda, durante uma visita ao centro de vacinação local. Na ocasião, Gouveia e Melo foi distinguido, tendo-lhe sido atribuída a Medalha de Excelência da autarquia.
Gouveia e Melo agradeceu a distinção que considerou não ser para si individualmente, mas para todos os que contribuem para o processo de vacinação.
“Recebo em nome de todos os que pertenceram a esta enorme equipa. São 4.700 pessoas que trabalham, dia após dia, sem intervalos, sem fins de semana, sem férias. Nós não vamos de férias para não dar férias ao vírus”, disse.
O coordenador nacional da “task-force” revelou esta quarta-feira que 81,6% da população portuguesa está vacinada com a primeira dose.
“Outros países mais ricos e com mais capacidade não o conseguiram fazer porque a população tinha movimentos fortes de negacionismo que não deixaram avançar [o processo de vacinação]”, afirmou o vice-almirante.