Com a guerra na Ucrânia, o índice de preços alimentares disparou no último ano, avança a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
O pico foi registado em março, com os preços mundiais do trigo e do milho a alcançarem recordes.
A boa notícia é que o índice de preços alimentares da FAO, que segue a variação de preços a nível internacional de um cabaz de produtos básicos, está em queda pelo nono mês consecutivo. Em dezembro, recuou 1,9%, para um nível inferior ao de há um ano.
Os preços no índice da FAO de óleos vegetais também aumentaram e os da carne e de produtos derivados do leite também atingiram “os níveis anuais mais altos desde 1990”.
Em comunicado, Máximo Torero, economista-chefe da FAO, sublinha que “os preços dos alimentos estão a acalmar após dois anos muito voláteis". É “bom”, mas é fundamental "continuar vigilante”, acrescenta.
A crise inflacionista ainda não passou. “Os preços globais dos alimentos permanecem em níveis altos, com muitos produtos ainda perto dos valores recorde, com os preços do arroz em alta e havendo ainda muitos riscos associados a futuros abastecimentos", assinalou.