Os preços dos combustíveis vão subir na próxima segunda-feira, representado a quinta semana consecutiva de aumento do preço da gasolina e do gasóleo.
Na segunda-feira, a gasolina deverá ficar mais cara um cêntimo e o gasóleo cerca de meio cêntimo por litro. Os preços dos combustíveis atingem assim o valor mais elevado desde a semana de 5 de fevereiro, até agora o recorde de 2018.
A contribuir para a subida dos combustíveis está a evolução do preço dos derivados do petróleo - um aumento que, de acordo com os analistas, só não é mais significativo graças à evolução cambial.
O preço do petróleo tem estado a subir nas últimas semanas, nomeadamente depois de ter começado a circular o rumor de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estava focada em fazer regressar o valor do barril de petróleo 'brent' para o intervalo entre os 80 e os 100 dólares.
Flutuações nos mercados mundiais
A OPEP vai reunir-se em junho, em Viena, para decidir os próximos passos. Há um ano, o grupo de países exportadores decidiu reduzir a produção de matéria bruta, um dos fatores que têm pesado na subida dos preços do petróleo nos mercados mundiais.
Esta sexta-feira, reagindo ao facto de o barril de petróleo bruto ter atingindo o preço mais alto dos últimos três anos, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khaled al-Faleh, defendeu que o mercado mundial “tem capacidade para absorver preços mais altos”.
“Não vi impacto nenhum na procura com os preços atuais. Já vimos preços significativamente mais altos no passado”, argumentou o ministro, citado pela AFP.
Questionado sobre a eventual meta da OPEP de valorizar o preço do barril de brent, o ministro da tutela da Arábia Saudia reafirmou que “não há uma meta de preço” já que “os preços são determinados pelo mercado”.
Os Estados-membros da OPEP conseguem controlar a produção de petróleo e, com isso, fazer flutuar o preço do barril no mercado.
Um tweet para baixar o preço do barril
Esta sexta-feira, Donald Trump recorreu ao Twitter para criticar os países da OPEP por reduzirem a produção para forçarem o aumento dos preços do petróleo.
Em 192 caracteres, o presidente dos Estados Unidos disse que a ação coordenada dos países produtores “não será aceite”.
“Parece que a OPEP está nisto de novo. Com quantidades record de petróleo em todo o lado, incluindo os navios carregados no mar. Os preços do petróleo estão artificialmente muito altos. Não é bom e não será aceite”, escreveu Trump na rede social. O resultado: os preços do petróleo entraram no vermelho.