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Rui Rio, o presidente do PSD que leva esta quinta-feira a votos uma moção de confiança, acusa Luís Montenegro de falta de coragem por não ter ido a votos há um ano e garante que será muito melhor nas urnas do que é nas sondagens.
O discurso de Rui Rio abriu a reunião do Conselho Nacional do PSD, que decorre num hotel do Porto, à porta fechada, como é habitual nas reuniões deste órgão partidário.
Segundo relatos já feitos à Renascença, o presidente do PSD começou por dizer que nunca andou em manobras de bastidores contra quem tenha sido democraticamente eleito, como ele próprio foi nas eleições diretas de há um ano em que teve Pedro Santana Lopes como adversário.
Rui Rio acusou Luís Montenegro de falta de coragem por não se ter apresentado a votos nessas eleições diretas. Montenegro nessa altura não quis ser candidato, mas um mês depois, no Congresso, assumiu ter ambições de liderança. Na semana passada, em vésperas de Rio cumprir um ano de eleição, Montenegro desafiou Rui Rio para eleições diretas.
O presidente do PSD recusou o desafio e pediu a convocação deste Conselho Nacional extraordinário apresentando uma moção de confiança à sua direção.
No discurso inicial, Rio disse que o clima de guerrilha no partido não tem parado desde que tomou posse e que esse clima é um desrespeito pelos militantes do PSD. E acrescentou que o partido não pode andar a marcar eleições sempre que um militante quer.
Ainda segundo o relato de alguns conselheiros, o líder social-democrata garantiu que sempre foi muito melhor nas urnas, em eleições reais, do que nas sondagens. Recorde-se que quando foi eleito na primeira vez como presidente da Câmara do Porto, Rio não era dado como provável vencedor nas sondagens.
Rui Rio divulgou aos conselheiros nacionais uma mensagem de apoio enviada por Francisco Pinto Balsemão. “Se pudesse estar presente apoiaria a moção de confiança”, escreveu o militante número 1 do PSD.
Uma das questões prévias neste Conselho Nacional era a presença ou não de Luís Montenegro na reunião. O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, apresentou um requerimento nesse sentido, mas a mesa do Conselho Nacional, presidida por Paulo Mota Pinto, respondeu no início dos trabalhos que, caso Montenegro queira estar presente, terá de mandar um pedido à mesa.
Luís Montenegro está a trabalhar no seu escritório a cinco minutos a pé do hotel onde decorre o Conselho Nacional. Até agora, não chegou nenhum pedido.