O caso catalão não é um caso meramente espanhol, é já uma situação que deve envolver a comunidade internacional, porque já toca a questão dos direitos humanos.
Durante uma conferência de imprensa em Lisboa, esta segunda-feira, numa visita que terá réplicas noutras cidades europeias, Mirea Borrel, secretária dos Assuntos Exteriores da União Europeia do Governo da Catalunha, alertou a imprensa para o que se está a passar no extremo leste de Espanha.
“É um erro histórico. Não é justiça, é uma vingança. No governo da Generalitat consideramos que este é um conflito político e tem de ser resolvido de forma política, sem judicialização”, disse.
Com farpas dirigidas ao Governo espanhol - por não dialogar - Mirea Borrel defende que cabe ao povo definir os traços das fronteiras nos mapas, por referendo, como o que foi organizado pelos catalães a 1 de outubro de 2017.
Para o diferendo em curso, defende o diálogo, que falha perante a cadeira vazia de Madrid. O primeiro ministro não quis resolver o problema, acusa, e o mundo está perante uma vingança.
“No Governo catalão pedimos diálogo desde sempre, uma solução democrática para o problema político, o fim da repressão e falar sobre o direito à autodeterminação. Cremos que, infelizmente, Pedro Sánchez, o presidente do Governo espanhol em funções não soube nem quis resolver este problema.”
Depois de Lisboa, Mirea Borrel segue para Copenhaga, na Dinamarca.