A direção da Premier League aprovou a venda do Chelsea ao grupo liderado por Todd Boehly, coproprietário da equipa de basebol dos Los Angeles Dodgers, por cerca de 4,25 mil milhões de libras (4,9 mil milhões de euros).
Resta a aprovação o governo inglês, sendo que o valor será transferido para uma conta congelada, de maneira a que Roman Abramovich, o antigo dono e oligarca russo, não fique com as verbas, no âmbito das sanções aplicadas após a invasão à Ucrânia.
Há ainda a necessidade da aprovação do governo português, uma vez que Abramovich tem também nacionalidade lusa.
O ministro dos Negocios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, confirmou esta manhã os contactos com o governo britânico em relação à venda do clube londrino.
"Em relação ao Chelsea, naturalmente que há aqui um ponto absolutamente fundamental: Portugal aplica as sanções que foram decretadas pela União Europeia. Nós fazemo-lo de forma rigorosa, fazemo-lo sem exceções, e é assim que nós aplicamos as sanções, é assim que nós vamos continuar a aplicar as sanções", afirmou.
A venda vai colocar um ponto final de uma era de 19 anos em que Abramovich foi o dono do Chelsea, período no qual venceu 21 troféus, entre os quais duas Ligas dos Campeões e cinco Premier League.
José Mourinho e André Villas-Boas foram os treinadores portugueses durante este período, para além de vários jogadores lusos, como Ricardo Carvalho, Deco, Maniche, Tiago, Raúl Meireles, Quaresma, Paulo Ferreira, entre outros.
Abramovich colocou o Chelsea à venda a 24 de fevereiro, dias depois do início da invasão russa na Ucrânia. O oligarca fez parte de uma delegação russa que tentou intermediar as negociações de paz entre as duas partes.
O governo britânico sancionou Abramovich e o Chelsea, que recebeu uma autorização especial para funcionar até ao dia 31 de maio.